sexta-feira, agosto 20, 2010

VISITA AO HOSPITAL

sexta-feira, agosto 20, 2010

Acabei de vir do hospital. Como não tenho sono vim até aqui. Parece que a minha sorte quer viajar, ir de férias e deixar-me sozinha, mas eu não deixo.
Senti-me mal outra vez e levaram-me para o hospital, sorte a minha que além de ter sido logo atendida por um médico que até cantarolava qual não foi a surpresa que o meu médico de família estava lá de banco. Apesar de estar a ser bem atendida mas soube-me muito bem ver uma cara conhecida e que, de certa forma, sempre nos dá um certo conforto moral. Depois de todos os exames feitos fiquei a saber que estas minhas crises que eu julgava ser de ansiedade afinal era um descontrolo da tiróide que me faz uma certa arritmia e me sinto assim estilo perú que vai para a forca. Depois de três horas em SO cá estou eu outra vez em casa prontinha para a caminha pois o João Pestana já começa a fechar-me as pestanas. Até amanhã!!!

quarta-feira, agosto 18, 2010

VOU PARA O CÉU!!!!

quarta-feira, agosto 18, 2010


Acho que já disse vezes sem conta que não gosto da lida da casa, mas tive de virar dona de casa à força. Felizmente o marido está a recuperar bem e como está em casa e cozinhar não é com ele aqui a dona tem o serviço da casa todo para fazer. É pequeno almoço, almoço, lanche e jantar. É uma dose muito grande para quem não gosta deste serviço. O mais engraçado é que gosto de cozinhar para quem me visita, agora todos os dias por obrigação é cá um frete. Rsrsrsrs. E por meu azar o marido só gosta da comidinha portuguesa, por isso não posso fazer outro tipo de pratos porque ele não gosta. Mas porque é que eu não arranjei um marido que gostasse de cozinhar? Só Deus sabe.
Pronto, não há problema, com o sacrificio que faço quando morrer vou direitinha para o céu. Penso eu!!!

sábado, agosto 14, 2010

STRAWBERRY FIELDS FOREVER

sábado, agosto 14, 2010


Recebi este texto já há algum tempo. Pensei na altura de o pôr aqui no Dia da Mulher. No entanto, como acho que o dia da mulher são todos os dias não poderia deixar aqui do relatar. Texto este muito bem escrito pela jornalista Clara Ferreira Alves e que dá que pensar sobre o rumo que a sociedade vem tomando na Europa. Então cá vai:


Os homens europeus descem sobre Marrocos com a missão de recrutar mulheres.
Nas cidades, vilas e aldeias é afixado o convite e as mulheres apresentam-se no local da selecção.
Inscrevem-se, são chamadas e inspeccionadas como cavalos ou gado nas feiras. Peso, altura, medidas, dentes e cabelo, e qualidades genéricas como força, balanço, resistência. São escolhidas a dedo, porque são muitas concorrentes para poucas vagas. Mais ou menos cinco mil são apuradas em vinte e cinco mil.
A selecção é impiedosa e enquanto as escolhidas respiram de alívio, as recusadas choram e arrepelam-se e queixam-se da vida. Uma foi recusada porque era muito alta e muito larga.
São todas jovens, com menos de 40 anos e com filhos pequenos. Se tiverem mais de 50 anos são demasiado velhas e se não tiverem filhos são demasiado perigosas. As mulheres escolhidas são embarcadas e descem por sua vez sobre o Sul de Espanha, para a apanha de morangos. É uma actividade pesada, muitas horas de labuta para um salário diário de 35 euros. As mulheres têm casa e comida, e trabalham de sol a sol.

É assim durante meses, seis meses no máximo, ao abrigo do que a Europa farta e saciada que vimos reunida em Lisboa chama Programa de Trabalhadores Convidados. São convidadas apenas as mulheres novas com filhos pequenos, porque essas, por causa dos filhos, não fugirão nem tentarão ficar na Europa. As estufas de morangos de Huelva e Almería, em Espanha, escolheram-nas porque elas são prisioneiras e reféns da família que deixaram para trás. Na Espanha socialista, este programa de recrutamento tão imaginativo, que faz lembrar as pesagens e apreciações a olho dos atributos físicos dos escravos africanos no tempo da escravatura, olhos, cabelos, dentes, unhas, toca a trabalhar, quem dá mais, é considerado pioneiro e chamam-lhe programa de "emigração ética".
Os nomes que os europeus arranjam para as suas patifarias e para sossegar as consciências são um modelo. Emigração ética, dizem eles.

Os homens são os empregadores. Dantes, os homens eram contratados para este trabalho. Eram tão poucos os que regressavam a África e tantos os que ficavam sem papéis na Europa que alguém se lembrou deste truque de recrutar mulheres para a apanha do morango. Com menos de 40 anos e filhos pequenos.

As que partem ficam tristes de deixar o marido e os filhos, as que ficam tristes ficam por terem sido recusadas. A culpa de não poderem ganhar o sustento pesa-lhes sobre a cabeça. Nas famílias alargadas dos marroquinos, a sogra e a mãe e as irmãs substituem a mãe mas, para os filhos, a separação constitui uma crueldade. E para as mães também. O recrutamento fez deslizar a responsabilidade de ganhar a vida e o pão dos ombros dos homens, desempregados perenes, para os das mulheres, impondo-lhes uma humilhação e uma privação.

Para os marroquinos, árabes ou berberes, a selecção e a separação são ofensivas, e engolem a raiva em silêncio. Da Europa, e de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. A separação faz com que muitas mulheres encontrem no regresso uma rival nos amores do marido.
Que esta história se passe no século XXI e que achemos isto normal, nós europeus, é que parece pouco saudável. A Europa, ou os burocratas europeus que vimos nos Jerónimos tratados como animais de luxo, com os seus carrões de vidros fumados, os seus motoristas, as suas secretárias, os seus conselheiros e assessores, as suas legiões de servos, mais os banquetes e concertos, interlúdios e viagens, cartões de crédito e milhas de passageiros frequentes, perdeu, perderam, a vergonha e a ética. Quem trata assim as mulheres dos outros jamais trataria assim as suas.
Os construtores da Europa, com as canetas de prata que assinam tratados e declarações em cenários de ouro, com a prosápia de vencedores, chamam à nova escravatura das mulheres do Magreb "emigração ética". Damos às mulheres "uma oportunidade", dizem eles. E quem se preocupa com os filhos?
Gostariam os europeus de separar os filhos deles das mães durante seis meses? Recrutariam os europeus mães dinamarquesas ou suecas, alemãs ou inglesas, portuguesas ou espanholas, para irem durante seis meses apanhar morango? Não. O método de recrutamento seria considerado vil, uma infâmia social. Psicólogos e institutos, organizações e ministérios levantar-se-iam contra a prática desumana e vozes e comunicados levantariam a questão da separação das mães dos filhos numa fase crucial da infância. Blá, blá, blá. O processo de selecção seria considerado indigno de uma democracia ocidental. O pior é que as democracias ocidentais tratam muito bem de si mesmas e muito mal dos outros, apesar de quererem exportar o modelo e estarem muito preocupadas com os direitos humanos. Como é possível fazermos isto às mulheres? Como é possível instituir uma separação entre trabalhadoras válidas, olhos, dentes, unhas, cabelo, e inválidas?

Alguns dos filhos destas mulheres lembrar-se-ão.
Alguns dos filhos destas mulheres serão recrutados pelo Islão.

Esta Europa que presume de humana e humanista com o sr. Barroso à frente, às vezes mete nojo.

Clara Ferreira Alves

terça-feira, agosto 10, 2010

FOGOS...!!! FOGOS...!!!! FOGOS...!!!

terça-feira, agosto 10, 2010


Estou zangada, furiosa, irritada, furibunda, agastada e todos os sentimentos negativos que possam ser sinónimos destes. Eu sei, eu sei, não os devia ter (como diz o outro: dá-me cabo da beleza). Mas o assunto é sério e não para brincadeiras. Estou farta de ouvir as notícias sobre os fogos em Portugal.
Ainda agora acabei de ouvir na televisão a morte de uma bombeira e mais cinco colegas feridos, um deles com queimaduras em 60 por cento no corpo. Morte esta de uma jovem que teria uma vida pela frente e que foi ceifada pela ganância, pela inércia do Governo (que diz que os meios de combate aos fogos são maiores, só se for na cabeça deles porque no terreno não é), pelos psicapatas e por aí fora...
A minha indignação é tal que se apanhasse um responsável por atear estes fogos não sei o que lhe faria.
Os próprios bombeiros já se queixam, e com toda a razão, que 99 por cento dos fogos são ateados por mãos humanas. Isso já toda a gente sabe e há muito. Não é por acaso que a maioria dos fogos têm várias frentes e também não é por acaso que já se têm encontrado restos de velas que acabaram por não arder e que são provas vivas de que os incêndios não se acendem sozinhos.
Quantas pessoas já não ficaram sem a sua casa? Quantas pessoas já viram o fogo chegar perto das suas? Quanta aflição? Quantas noites sem dormir? Quanto pânico? Só quem passa por isso pode dizer e responder a todas as perguntas.
Há pouco dizia o secretário de Estado que não é de um ano para o outro que se consegue resolver este caso dos fogos. Segundo ele tem de se limpar os terrenos e leva o seu tempo. Pois senhor secretário de Estado eu resolvia-o num instante. Era sinalizar os pirómanos e no pincipio do verão prendê-los e só pô-los cá fora no inverno. Veria que a quantidade de fogos baixava substancialmente.
Podem me dizer que isso não é possível, mas é, isso já é feito em Inglaterra há muito tempo. E como diria o Fernando Pessa, se ainda fosse vivo, E ESTA HEM!!!
No entanto, queria aqui enaltecer e dizer o meu MUITO OBRIGADO, aos soldados da paz que chegam até ao limite das suas forças para salvar pessoas e bens destes malucos e que depois nem sequer são recompensados convenientemente. BEM HAJAM a todos os bombeiros que não olham a meios para podermos dormir um bocadinho mais em paz.

quinta-feira, agosto 05, 2010

A MANA FEZ ANOS

quinta-feira, agosto 05, 2010

Olá, cá estou outra vez.
Pois bem, no dia 28 do mês passado a minha irmã fez anos e tive a ideia de irmos jantar todos fora. O meu sobrinho ficou entusiasmado e até foi ele que tratou de levar o bolo de anos da mãe, a preocupação dele era a avó não poder andar muito. Sosseguei-o porque o restaurante tinha parque de estacionamento e elevador logo ali. Correu tudo muito bem, era só a família mais próxima que ela lá tinha, ou seja, mãe, marido, filhos com os respectivos marido e namorada, a irmã, o cunhado e as sobrinhas. Mas como connosco de vez em quando há sempre um "mas", a minha mãe, que já se vê bem aflita para andar, além de ficar emocianada ficou amuada e só depois é que percebi porquê. Ela não gosta da mãe da namorada do meu sobrinho que ficou na mesa mesmo em frente e ao lado o meu cunhado, que agora também de vez em quando embirra com ele. Haja paciência. É bem verdade que quando se chega a uma certa idade volta-se à meninice, mas espero eu quando lá chegar, se chegar, não seja assim.
O meu marido com duas semanas de operado também lá esteve e gostou. Felizmente está a recuperar bem. Amanhã vamos a consultas no hospital e logo se verá o que dizem os médicos. Estou um pouquinho ansiosa, mas é normal, não é?