sábado, fevereiro 25, 2012

MEMÓRIAS

sábado, fevereiro 25, 2012

Memórias do nosso tempo de namoro. Aqui vai mais uma dedicada ao meu marido.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

POR DIVERSAS VEZES

quinta-feira, fevereiro 23, 2012


Dedico estes versos ao meu falecido marido. Tem tudo a ver connosco. Que saudades marido, saudades que até doem.


Por diversas vezes,
estive aqui,
sempre no encalço
do teu brilho.
Minhas caminhadas,
foram longas,
intermináveis.
Por diversas vezes,
cruzei com o sol,
achava que aquele brilho,
era você.
Nunca me cansei da procura,
viajava ao lado do vento,
tentando respirar o teu perfume.
Por diversas vezes,
eu chorei a lua,
minhas lágrimas se
congelaram no tempo.
Por diversas vezes,
te busquei na chuva,
cada gota que caia
em meu corpo,
sentia uma sensação
de você em mim.
Como eu te procurei,
ainda te procuro
entre flores,
nos mares,
pelas estrelas.
Sei que um dia,
vou te achar,
você é parte
do meu eu,
pois somente eu,
poderei te amar.


(Autor desconhecido)

terça-feira, fevereiro 21, 2012

IMPOSSÍVEL É NÃO VIVER

terça-feira, fevereiro 21, 2012


Mais um textinho que está bem atual na crise que estamos a atravessar. A palavra de ordem: é não baixar os braços.
Eu concordo.


Se te quiserem convencer de que é impossível, diz-lhes que impossível é ficares calado, impossível é não teres voz. Temos direito a viver. Acreditamos nessa certeza com todas as forças do nosso corpo e, mais ainda, com todas as forças da nossa vontade. Viver é um verbo enorme, longo. Acreditamos em todo o seu tamanho, não prescindimos de um único passo do seu/nosso caminho.
Sabemos bem que é inútil resmungar contra o ecrã do telejornal. O vidro não responde. Por isso, temos outros planos. Temos voz, tantas vozes; temos rosto, tantos rostos. As ruas hão-de receber-nos, serão pequenas para nós. Sabemos formar marés, correntes. Sabemos também que nunca nos foi oferecido nada. Cada conquista foi ganha milímetro a milímetro. Antes de estar à vista de toda a gente, prática e concreta, era sempre impossível, mas viver é acreditar. Temos direito à esperança. Esta vida pertence-nos.
Além disso, é magnífico estragar a festa aos poderosos. É divertido, saudável, faz bem à pele. Quando eles pensam que já nos distribuíram um lugar, que já está tudo decidido, que nos compraram com falinhas mansas e autocolantes, mostramos-lhes que sabemos gritar. Envergonhamo-los como as crianças de cinco anos envergonham os pais na fila do supermercado. Com a diferença grande de não sermos crianças de cinco anos e com a diferença imensa de eles não serem nossos pais porque os nossos pais, há quase quatro décadas atrás, tiveram de livrar-se dos pais deles. Ou, pelo menos, tentaram.
O único impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques é deixá-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias: temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos.
Vida, se nos estás a ouvir, sabe que caminhamos na tua direcção. A nossa liberdade cresce ao acreditarmos e nós crescemos com ela e tu, vida, cresces também. Se te quiserem convencer, vida, de que é impossível, diz-lhe que vamos todos em teu resgate, faremos o que for preciso e diz-lhes que impossível é negarem-te, camuflarem-te com números, diz-lhes que impossível é não teres voz.

José Luís Peixoto, in Abraço

sábado, fevereiro 18, 2012

ABRAÇO DE FILHO

sábado, fevereiro 18, 2012


Cá vai mais um texto lindo que recebi há pouco. Adorei e concordo a cem por cento, um abraço dado com carinho é tão bom.

Abraço de filho deveria ser receitado por médico.
Há um poder de cura no abraço que ainda desconhecemos.
Abraço cura ódio. Abraço cura ressentimento. Cura cansaço. Cura tristeza.
Quando abraçamos soltamos amarras. Perdemos por instantes as coisas que nos têm feito perder a calma, a paz, a alma...
Quando abraçamos baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se abrem e os corações se aconchegam de uma forma única.
E nada como o abraço de um filho...
Abraço de Eu amo você. Abraço de Que bom que você está aqui. Abraço de Ajude-me.
Abraço de urso. Abraço de Até breve. Abraço de Que saudade!
Quando abraçamos, a felicidade nos visita por alguns segundos e não temos vontade de soltar. Quando abraçamos somos mais do que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis.
E abraço de filho deveria, sim, ser receitado por médico pois rejuvenesce a alma e o corpo.
Estudos já mostram, com clareza, os benefícios das expressões de carinho para o sistema imunológico, para o tratamento da depressão e outros problemas de saúde.
O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação.
Se a alta tecnologia - mal aproveitada - nos afastou, é o abraço que irá nos unir novamente.
Precisamos nos abraçar mais. Abraços de família, abraços coletivos, abraços engraçados, abraços grátis.
Caem as carrancas, ficam os sorrisos. Somem os desânimos, fica a vontade de viver.
O abraço apertado nos tira do chão por instantes. Saímos do chão das preocupações, do chão da descrença, do chão do pessimismo.
É possível amar de novo, semear de novo. É possível renascer.
E os abraços nos fazem nascer de novo. Fechamos os olhos e quando voltamos a abri-los podemos ser outros, vivendo outra vida, escolhendo outros caminhos. Nada melhor do que um abraço para começar o dia. Nada melhor do que um abraço de Boa noite.
E, sim, abraço de filho deveria ser receitado por médico, várias vezes ao dia, em doses homeopáticas. Mas, se não resistirmos a tal orientação, nada nos impede de algumas doses únicas entre essas primeiras, em situações emergênciais. Um abraço demorado, regado pelas chuvas dos olhos, de desabafo, de tristeza ou de alívio.
Um abraço sem hora de terminar, sem medo, sem constrangimento.
Medicamento valioso, de efeitos colaterais admiráveis para a alma em crescimento.

* * *
Mas, se os braços que desejamos abraçar estiverem distantes? Ou não mais presentes aqui? O que fazer?
Aprendamos a abraçar com o pensamento. O pensamento e a vontade criam outros braços e nossos amores se sentem abraçados por nós da mesma forma. São forças que ainda conhecemos pouco e que nos surpreenderão quando as tivermos entendido melhor.
Abraços invisíveis a olho nu, mas muito presentes e consoladores para os sentidos do Espírito imortal, que somos todos nós

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

FALECEU JOÃO CARRASCALÃO

sexta-feira, fevereiro 17, 2012


Olá a todos que me seguem. Tenho andado um pouco fugida destas lides, mas por uma boa razão. Tenho tido a minha mãe comigo, o que me faz preencher todo o tempo que possa ter para vir aqui. Agora ela está com a minha irmã.
No entanto, aqui estou por outra razão, esta mais triste. Faleceu há poucas horas um amigo, muito conhecido internacionalmente, que me pôs um pouco triste.
Não vou aqui falar sobre a sua vida partidária e política, pois não é esse o meu fim, mas homenagear a pessoa que ele era. Humano, simpático, sincero, honesto e muito preocupado com o seu povo. À família já dei os meu pêsames, mas aqui quero deixar o quanto o João era chegado a ela e aos amigos.
O João já não sofre, partiu para o andar superior (como eu chamo à partida terrena). Não consigo ter mais palavras para o definir, mas basta a amizade que ele granjeava por esse mundo fora. Agora só posso dizer, Obrigado João por passar por nossas vidas. Paz à sua alma.