quinta-feira, junho 29, 2006

PARDAIS GORDITOS...

quinta-feira, junho 29, 2006

Trabalho mesmo ao lado do Picoas Plaza. Acabo sempre por almoçar por lá e se não almoço os meus passos não deixam de calcorrear aquelas pedras. Ontem estava lá sentada com a filha maior a beber um cafézinho, rapidinho, e ela chama-me a atenção: "olha mãe já reparaste que os pardais estão bem gordinhos?". É verdade, olhei para eles e lá estavam a bicar migalha a migalha que as pessoas vão deixando cair. A vergonha, que é normal nestes pássaros, está cada vez mais a fugir, de pé ante pé, ou seja, pata ante pata, vão-se chegando às pessoas para chegar à sua comidinha. Antes, só de levantarmos as mãos, ou mesmo um dedo, eles voavam, agora não, chegam-se cada vez mais perto de nós. É engraçado pousar os nossos olhos nas cabecitas deles a olhar para verem até onde podem ir, neste caso, virem até à nossa beira. Até parece que estão a rir e a gozar connosco. Depois lá veem agarram um bocado de pão e ficam a debicar a migalha que é maior do que seu bico. Os mais atreviditos chegam a ficar na mesa ao lado da nossa e quase nos cumprimentam outros ainda se assustam e fogem. Enfim, lá enchem os papos e de tanto comerem alguns até andam de lado para equilibrarem o pequeno corpito. Há lá um que me faz mais impressão pois só tem uma patita, mas não deixa de estar gordito e lá vai andado ao pé cochinho e não deixa os outros chegarem ao pé dele. Ali é a zona dele e mais nada, ai daquele que lá chegue que ele dá logo uma bicada. E pronto lá ficaram os pardalitos depenicando e eu tive de voltar ao trabalho.

UNICÓRNIO

Estava eu a mexer nas minhas fotos para mudar o fundo do "desktop" quando encontrei esta foto que eu gosto muito. É um uncórnio como se vê. No computador não fica uma foto só, porque como ela é pequena fica-me aos quadrados, ou seja, a foto a quadriplicar e por isso não fica tão bonita. Mas não podia deixar de não a reproduzir aqui, e por consequência falar um pouco sobre este animal mitológico.
Assim, cá vai:

O Unicórnio, ou licórnio, é um animal mitológico que tem a forma de um cavalo, geralmente branco, com um único chifre em espiral. Símbolo da pureza, esperança e amor, majestade, poder, honestidade, liberdade e de tudo que há de bom no ser humano.
O Unicórnio surgiu da mitologia oriental, grega e romana, e também é mencionado na bíblia. Alguns acreditam que tenha sido mencionado na bíblia erroenamente, resultado da má tradução do hebraico, por este motivo, muitas bíblias são encontradas modificadas utilizando palavras como "boi selvagem". A palavra unicórnio vem de duas palavras do latim: "unus" que significa um e "cornu" que significa chifre.
Tema de notável recorrência nas artes medievais e renascentistas, o unicórnio, assim como todos os outros animais fantásticos, não possui um significado único. Presente nos pavilhões de imperadores chineses e na narrativa da vida de Confúcio. No Ocidente faz parte do grande número de monstros e animais conhecidos e compilados na era de Alexandre e nas bibliotecas helenísticas.
A LENDA
O primeiro unicórnio chamado "Asallam" chegou embrulhado numa nuvem, impelida por um vórtice branco. Com seu chifre de luz em espiral penetrou uma pedra onde a água fluiu fecundando a Terra. Floresceram grandes árvores e suas sombras foram povoadas por bestas. Deste modo, surgiu o Jardim do Unicórnio que é chamado de "Shamagim" e que significa lugar onde há água. Deus falou ao unicórnio: "Asallam! Serás, entre todas as minhas criações, a que em memória permanente da Luz seu guia e seu guardião, mas nunca devolverás a luz até à hora final do fim do tempo".
HÁBITOS
O unicórnio é um ser selvagem e domesticável apenas por uma donzela de coração puro. É rápido, forte e habita em jardins sem lugar específico. Seus alimentos favoritos são frutas, grãos maduros, água corrente e folhas tenras de árvores. A duração do unicórnio na Terra é muito maior que a do Homem.
CHIFRE
É um talismã de grande poder e virtude e só pode ser activado através do Unicórnio. Sua luz diminuirá até se extinguir quando nas mãos de outro. No Chifre reside toda a história e pensamentos do unicórnio, muitos acreditam que ele tem poder de cura e que também pode ser um antídoto para venenos. A forma dele é em espiral: os dois meios, ou flautas, são unidos um ao outro. Em horas de perigo ou de concentração prolongada o Chifre pode apresentar brilho ou esplendor suave. Segundo a crença popular, para protecção do unicórnio não podemos ver seu chifre, com esse brilho.

Na Astronomia, o unicórnio é o nome de uma constelação chamada Monoceros.

Até é um animal mitológico, todos sabemos, mas que é bonito lá isso é!!!

PS: esta é dedicada à Pinky

quarta-feira, junho 28, 2006

LENDA DAS OBRAS DE SANTA ENGRÁCIA

quarta-feira, junho 28, 2006


Como eu prometi, cá vai mais uma lenda portuguesa. Como todos sabem as lendas são histórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam factos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

Simão Pires, um cristão novo, cavalgava todos os dias até ao convento de Santa Clara para se encontrar às escondidas com Violante. A jovem tinha sido feita noviça à força por vontade do seu pai fidalgo que não estava de acordo com o seu amor. Um dia, Simão pediu à sua amada para fugir com ele, dando-lhe um dia para decidir. No dia seguinte, Simão foi acordado pelos homens do rei que o vinham prender acusando-o do roubo das relíquias da igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento. Para não prejudicar Violante, Simão não revelou a razão porque tinha sido visto no local. Apesar de invocar a sua inocência foi preso e condenado à morte na fogueira que se realizaria junto da nova igreja de Santa Engrácia, cujas obras já tinham começado. Quando as labaredas envolveram o corpo de Simão, este gritou que era tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem. Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha sido ele o ladrão das relíquias e sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado Simão. Pedia-lhe agora o perdão que Violante lhe concedeu. Entretanto, um facto singular acontecia: as obras da igreja iniciadas à época da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se habitou a comparar tudo aquilo que não mais acaba às obras de Santa Engrácia.

terça-feira, junho 27, 2006

MAIS UMA ANEDOTA

terça-feira, junho 27, 2006

Hoje estou melhor muito melhor. Talvez porque o sol já espreita, as folhas mexem nas árvores e o mundo parece que despertou. E por isso mesmo aqui vai mais anedota. Como eu gosto delas!!!

Uma mulher está na cama com o amante quando ouve o marido chegar e vai logo recomendando ao amante:
- Depressa, fique de pé ali no canto!
Rapidamente, ela cobriu o corpo do amante com óleo e salpicou talco por cima. E acrescentou:
- Não se mexa até eu mandar. Finja que você é uma estátua. Eu vi uma igualzinha na casa dos Almeida!
Nisso, o marido entra e pergunta:
- O que é isto?
Ela, fingindo naturalidade:
- Isso? Ah, é uma estátua. Os Almeida botaram uma no quarto deles...Gostei tanto que comprei esta igual para nós.
E não se falou mais da estátua. Ás duas da madrugada, a mulher já estava dormindo e o marido ainda vendo televisão. De repente, o marido se levanta, caminha até à cozinha, prepara um sanduíche, pega uma latinha de cerveja e vai para o quarto. Ali, se dirige para a estátua e diz:
- Toma! Come e bebe alguma coisa, seu filho da puta! Eu fiquei dois dias, que nem um idiota, no quarto dos Almeida e nem um copo de água me ofereceram.
Isto se chama, Solidariedade Masculina!

ENXAQUECA

Acordei com uma valente dor de cabeça. Deixei-me ficar mais um pouco na cama para ver se ela passava. Mas estava irritantemente instalada no meu cérebro e latejava como se fosse a bateria de uma banda tipo "heavy metal". Pum, pum, pum, pum. Irra, estava teimosa.
Levantei-me fiz a minha higiene matinal, eu também faço isso como toda a gente, e fui para a rua. Mas aí, até os meus passos me faziam martelar ainda mais as batidas cerebrais. (o que é isso?) Os olhos quase doiam só de olhar a claridade matinal. Cheguei ao emprego ainda meio abananada e ainda por cima com o nariz a pingar da maldita alergia sazonal. Até as pessoas que telefonavam para lá me perguntavam: ah está tão constipada. E eu lá tenho de repetir que não é constipação, mas sim alergia.
E a safada da enxaqueca continuava a brincar comigo, do estilo, não saio daqui, não saio daqui, não saio daqui...
Aqui, eu já estava a ficar zangada e atirei-me a ela com dois comprimidos. Nem calculam a luta na meia hora seguinte. Primeiro o tal pum, pum, pum, depois o tan, tan, tan e por fim o tim, tim, tim. Quando os comprimidos fizeram efeito eu gritei vitoriosa: não foste mais teimosa do que eu.
Que alivio! Parece que a cabeça não era minha, tal o alívio.
Depois como falei com a minha mestra contei-lhe o sucedido e ela que também é astróloga lá me explicou que, neste momento, Júpiter está na casa de escorpião e por isso é que o tempo está assim meio enevoado e toda a gente se queixa do mesmo. Fiquei mais esclarecida, afinal a dor de cabeça não era só minha.

domingo, junho 25, 2006

GANHÁMOS À HOLANDA

domingo, junho 25, 2006

Ganhámos o jogo à Holanda. Foi bonito acabámos por ganhar com nove jogadores. Eles também por fim só tinham nove jogadores em campo. Mas estou aqui não só por causa do jogo (que eu até nem ligo ao futebol, mas é a selecção, não é?) mas aqui na minha rua parece que estamos na festa do fim do ano. Ele é carros para baixo e para cima, ele é jovens a gritar. Eu sei lá. Até parece que já ganhámos o Mundial. Bem, se por acaso ganharmos o mundial, o que eu não acredito muito, então nem sei que festa será. Mas que vai ser bonito lá isso vai.

sábado, junho 24, 2006

DIA NÃO...

sábado, junho 24, 2006

Hoje estou em dia não. Quero fazer-me de forte, mas não consigo. Há dias assim. Bem gostaria de estar perto do mar e sentar-me à beira mar, mas nem isso posso fazer, ainda mais que hoje o tempo não está nada famoso. Sinto-me em baixo, sinto-me só, sinto-me no fundo. A minha maior amiga está do outro lado do mundo e apesar de ter muitas pessoas amigas, não tenho ninguém para desabafar. Que falta me fazes Angelita. Contigo podia até dizer as maiores barbaridades que tu me compreendias, mas tás tão longe, conversar pelo telefone não é a mesma coisa e por carta também não, ainda mais que não podes cá vir tão depressa. De qualquer maneira, isto há-de passar. É uma nuvem passageira, mas que neste momento está carregada, quando chover descarrega e comigo há-de passar-se o mesmo. Estou carregada mas hei-de despejar, como é que isso se vai fazer é que eu não sei.

sexta-feira, junho 23, 2006

MUNDO VIRTUAL

sexta-feira, junho 23, 2006

Esta chegou-me através da net, mas dá que pensar. Ora vejam.

Entrei apressado e com muita fome no restaurante.
Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia atribulado, para comer e consertar alguns bugs de programação de um sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias que à tempos não sei o que são.
Pedi um filé de salmão com alcaparras na manteiga, uma salada e um sumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?
Abri o meu notebook e levei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
- Tio, dá uma moedinha?
- Não tenho, menino.
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Esta bem, compro-te um.
Para variar, a minha caixa de entrada esta cheia de e-mails.
Fico distraído vendo poesias, as formatações lindas, dando risadas com as piadas malucas.Ah! Essa música leva-me a Londres e a boas lembranças de tempos idos.
- Tio, peça para colocar margarina e queijo também.
Percebi então que o menino tinha ficado ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois deixe-me trabalhar, estou muito ocupado, tá?
Chega a minha refeição e junto com ela o meu constrangimento.
Faço o pedido do menino, e o garçom pergunta-me se quero que mande o garoto ir embora.
Meus resquícios de consciência, impedem-me de dizer. Digo que esta tudo bem.
Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma refeição decente para ele.
Então ele sentou-se á minha frente e perguntou:
- Tio o que está a fazer?
- Estou a ler uns e-mails.
- O que são e-mails?
- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de maiores questionários disse):
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Tio você tem Internet?
- Tenho sim, é essencial ao mundo de hoje.
- O que é Internet ?
- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai-me libertar para eu poder comer a minha refeição, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos pegar ou tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
- Espetáculo isso. Gostei!
- Rapaz, entendeste o que é virtual?
- Sim, também vivo neste mundo virtual.
- Tens computador?
- Não, mas o meu mundo também é assim... Virtual.
A minha mãe fica todo dia fora, só chega muito tarde, quase não a vejo, eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que passa o dia a chorar de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa; a minha irmã mais velha sai todos os dias, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, pois ela volta sempre com o corpo; o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas eu imagino sempre a nossa família toda junta em casa, com muita comida, muitos brinquedos, de Natal e eu a ir para a escola para um dia ser medico. Isso é virtual não é tio?
Fechei o meu notebook, não antes que a lágrimas caíssem sobre o teclado.
Esperei que o menino terminasse de literalmente "devorar" o prato dele, paguei a conta, e dei o troco ao garoto, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um "Obrigado tio você é porreiro!".
Ali, naquela instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia-nos de verdade e fazemos de conta que não percebemos!

Gostaram? Eu gostei.

quinta-feira, junho 22, 2006

LENDA DA COVA ENCANTADA

quinta-feira, junho 22, 2006


O nosso querido País é, felizmente, pródigo em lendas e aqui a "je" pela-se por uma boa história. E por lendas também.
Então aqui fica uma:

Na serra de Sintra, perto do Castelo dos Mouros, existe uma rocha com um corte que a tradição diz marcar a entrada para uma cova que tem comunicação com o castelo. É conhecida pela Cova da Moura ou a Cova Encantada e está ligada a uma lenda do tempo em que os Mouros dominavam Sintra e os cristãos nela faziam frequentes incursões. Num dos combates, foi feito prisioneiro um cavaleiro nobre por quem Zaida, a filha do alcaide, se apaixonou. Dia após dia, Zaida visitava o nobre cavaleiro até que chegou a hora da sua libertação, através do pagamento de um resgate. O cavaleiro apaixonado pediu a Zaida para fugir com ele mas Zaida recusou, pedindo-lhe para nunca mais a esquecer. O nobre cavaleiro voltou para a sua família mas uma grande tristeza ensombrava os seus dias. Tentou esquecer Zaida nos campos de batalha, mas após muitas noites de insónia decidiu atacar de novo o castelo de Sintra. Foi durante esse combate que os dois enamorados se abraçaram, mas a sorte ou o azar quis que o nobre cavaleiro tombasse ferido. Zaida arrastou o seu amado, através de uma passagem secreta, até uma sala escondida nas grutas e, enquanto enchia uma bilha de água numa nascente próxima para levar ao seu amado, foi atingida por uma seta e caiu ferida. O cavaleiro cristão juntou-se ao corpo da sua amada e os dois sangues misturaram-se, sendo ambos encontrados mais tarde já sem vida. Desde então, em certas noites de luar, aparece junto à cova uma formosa donzela vestida de branco com uma bilha que enche de água para depois desaparecer na noite após um doloroso gemido...

quarta-feira, junho 21, 2006

REIKIANO

quarta-feira, junho 21, 2006


Aquele que trabalha com as mãos é um artesão!
Aquele que trabalha com a mente é um sábio!
Aquele que trabalha com a inspiração é um artista!
Aquele que trabalha com a técnica é um profissional!
Aquele que trabalha com a intuição é um místico!
Aquele que trabalha com o coração é um espiritualista!
Aquele que trabalha com as mãos, mente, inspiração, técnica, intuição e com o coração é um Reikiano!
(autor desconhecido)

terça-feira, junho 20, 2006

HOJE É DIA DE FESTA

terça-feira, junho 20, 2006


Hoje é dia de festa. A neta faz seis anitos. Já? É verdade. E é uma alegria, a filha já teve a criança, não digo para o tarde porque na minha altura tinham-se filhos muito mais cedo, mas talvez se possa dizer que teve na altura certa. Por isso quando soube que ia ser avó foi uma mistura de sentimentos entre a alegria e a estranheza. Não me sentia com idade para ser avó, mas também quem me manda ter filhos aos 20 anos? Era natural, não é? Durante o período de gestação a preocupação era principalmente com o parto, apesar de estar tudo a correr bem, felizmente que a filhota não teve problemas de maior, a não ser os enjoos matinais normais e pouco mais. A questão prendia-se com a maneira como a filhota se iria comportar na altura, aí as dores de barriga eram minhas, é que apesar de saber que a filha tinha de passar por isso só de pensar o que ela iria sofrer naquele bocado me doía mais a mim. É que mãe é assim mesmo. Mas apesar de ter sofrido um bocadito a criança cá está e recomenda-se.
Hoje, para a neta, foi um dia e peras. A mãe mandou-lhe um bolo para a creche para lhe cantarem os parabéns, nem calculam a alegria dela. E vai ter mais uma surpresa, é que os pais iam buscá-la às 03h00, saída da creche, e levá-la ao cinema. Faço ideia como é que ela não estará feliz.
"Querida neta a avó manda-te daqui, publicamente, os parabéns e espera todos os anos dizer-te o mesmo. Muitos beijinhos da tia e do avô, claro. Tu sabes que és a coisa fofa da avó e o meu tesourinho. Espero também que venhas a gostar da escolinha que vai começar para Setembro e dos teus novos amiguinhos. UM BEIJÃO MUITO GRANDE DA TUA AVÓ BABADA".

sábado, junho 17, 2006

VER O JOGO

sábado, junho 17, 2006


(Ilustração de Gilberto Yamamoto)



Hoje tive uma tarde fantástica. A minha filha convidou os amigos para verem o jogo do Portugal-Irão cá em casa e pediu-me para eu fazer caracóis para depois do jogo. Olha pr´a mim, tão dificil tarefa. Caracóis é cá comigo. Fui de manhã comprá-los e dos canários, que para mim são os melhores. Quando cheguei a casa enfiei-os na panela com farinha para lhes tirar a baba mais depressa. O amigo da filha ficou muito surpreso, farinha? nos caracóis? esquisito, mas lá lhe expliquei porquê. Depois de muito bem lavados lá os pus a cozer. E o pessoal à espera. Veio o intervalo e fui buscar uns pastéis de bacalhau. Fritei-os e pus na mesa com os caracóis e um paté de atum feito por mim. Escusado será dizer que não ficou nada para contar como foi.
Depois foi só conversa mas que me soube muito bem, acho muita graça à maneira de pensar dos jovens (parece que eu sou assim tão velha) mas foi o desfiar de suas opiniões sobre diversas coisas e achei também graça à sua pouca à vontade comigo, mas lá desembucharam. No fim gostaram de estar comigo. Espero repetir.

FADAS II

(Ilustração de Gilberto Yamamoto)

Vou continuar agora a segunda fase sobre as fadas.

Elementos dos contos de fadas
Transmitidos por tradição oral
Sua ação transcorre "a muito tempo atrás"
Personagem bom
Personagem mau
Realeza e/ou castelo quase sempre presentes
Uso de magia
Há um problema que demanda solução
As coisas acontecem em grupos de três ou sete
Um desfecho corriqueiro é: "e foram felizes para sempre"

Contos de fadas e contos maravilhosos
Os contos maravilhosos têm origem oriental, e diferentemente dos contos de fadas, lidam com uma temática social: o herói (ou anti-herói), que é uma pessoa de origem humilde ou que passa por grandes privações, triunfa ao conquistar riqueza e poder.
Por exemplo: "Ali Babá e os 40 Ladrões", "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa" e "Simbad, o Marinheiro".

E por agora chega. Quanto aos contos de fadas propriamente ditos, toda a gente os conhece, desde o Capuchinho Vermelho à Cinderela, da Branca de Neve à Bela Adormecida, etc...
Histórias simples que acabam sempre bem. Quem dera que fosse sempre assim na vida real.

quinta-feira, junho 15, 2006

FADAS

quinta-feira, junho 15, 2006

De vez em quando o lado criança assalta-me a imaginação. Não é de estranhar, a neta acaba por fazer com que venha ao de cima esse meu lado, que apesar de tudo ainda está muito presente em mim. Assim, lembrei-me de saber mais coisas sobre as fadas. É que só conhecemos os contos, mas em geral esquecemos-nos de saber como veio à baila AS FADAS.

Segundo a Wikipédia aqui vai o conceito de fada:

Fada é a forma popular pela qual são conhecidas as fêmeas dos elfos. O termo incorporou-se a cultura ocidental a partir dos assim chamados "contos de fadas". Nesse tipo de história, a fada é representada de forma semelhante a versão clássica dos elfos de J.R.R. Tolkien, porém apresentando "asas de libélula" as costas e utilizando-se de uma "varinha de condão" para realizar encantamentos. Dependendo da obra em que aparece, a fada pode ser retratada em estatura de uma mulher normal ou diminuta. No primeiro caso, temos a fada de Cinderela. Como exemplo da segunda representação podemos citar "Sininho", do Clássico "Peter Pan", de J. M. Barrie.

Agora o que eu não sabia era que as fadas tinham regras, por isso aqui vão também:

As Regras das fadas são as regras contidas no livro As Regras, em que todas as fadas do desenho animado Padrinhos Mágicos devem obedecer. Padrinhos Mágicos são fadas que são enviadas para crianças na Terra que estão com problemas sérios e muito tristes, para realizar os seus desejos. Todas as fadas e crianças, sem excepção, devem obedecer às regras no Grande Livro de Regras das Fadas, ou a criança poderá perder os seus Padrinhos Mágicos, e não se lembrará de que os teve.
E também há certos pedidos que não devem ser realizados. É muito raro uma criança conseguir ficar mais de um ano sem revelar a existência de seus Padrinhos, por isso, quando uma criança consegue ficar um ano inteiro com seus Padrinhos, ele ganha uma festa surpresa chamada Fadaniversário, e ganha um Bolinho Mágico. Quem comer esse bolinho pode fazer pedidos sem restrições, pode pedir o que quiser, menos um gosto melhor. As fadas moram no Mundo das Fadas, que é ligada a Terra por um arco-íris. Geralmente as fadas têm problemas com os Duendes, pois eles querem dominar o Mundo das Fadas.

As Regras
Nenhuma criança com Padrinhos Mágicos pode revelar a existência deles para um humano, ou eles serão tirados da criança e apagados de sua memória.
Todos desejos despedidos ficam num armário pessoal, localizado no mundo das fadas, de cada criança. A única excessão é o Timmy, que teve seus desejos despedidos numa ilha secreta no Triangulo das Bermudas, com o nome de "A Ilha dos Despedidos"
Uma criança triste ou ingrata pode perder seus Padrinhos Mágicos para sempre.

Restrição de desejos
As fadas não podem:
Fazer com que alguém se apaixone pelo afilhado ou por outra pessoa.
Interferir em amor verdadeiro.
Matar ou ferir alguém.
Criar dinheiro.
Roubar.
Usar os desejos para trapacear em alguma coisa.
Realizar pedidos para o café da manhã após às 10:30.
Fazer com que seja Natal todo dia.
Ajudar em nenhum concurso

E como não podia deixar de ser, a fada madrinha que dedico à minha querida Mary Mary:

A fada madrinha é uma personagem muito comum nos chamados contos de fadas sendo uma entidade mágica que protege e sempre aparece para atender os desejos e interesses de seus protegidos.
Em alguns contos de fadas a fada madrinha é uma senhora, geralmente de idade, que protege alguém durante toda a vida. As princesas têm sempre uma fada madrinha, mas embora seja madrinha das princesas, também pode ser de pessoas pobres. Nos contos tradicionais, essas fadas costumam oferecer pão e pôr moedas nas meias dos pobres.
Já em outra versão conta-se que a nossa vida está nas mãos de três fadas, que decidem o nosso nascimento, a nossa vida e a nossa morte. A primeira, é muito bonita, e ajuda no nosso nascimento, pegando num fio. A segunda fia a nossa vida no céu, e a terceira, uma mulher feia e velha, decide quando é que corta o fio, provocando assim, a nossa morte.
Entre os gauleses elas recebem uma homenagem especial no dia 5 de fevereiro.

E há mais, muito mais, mas para não ficar muito grande fica para uma outra vez.

quarta-feira, junho 14, 2006

PASSEIO

quarta-feira, junho 14, 2006

Há muito tempo que não tinha um domingo tão bom. Fui para casa da minha irmã, na zona do Cartaxo, com o marido e a neta. A filha mais pequena, que de pequena já não tem nada, não quis ir, preferiu ir para a praia com os amigos. Os pais a partir de uma certa altura são uns chatos, são uns cotas, como eles dizem agora quando não querem nada connosco, enfim, são o que lhes apetece. Mas eu não me ralo muito com isso, desde que saiba para onde ela vai e com quem, compreendo que os jovens têm de ter uma certa liberdade, até para verem como as coisas são. As experiências boas ou más fazem parte da vida. As minhas filhas foram avisadas de tudo o que é importante actualmente, como a sida, sexo, etc.... A partir daí fazem se quiserem. Informação não lhes falta.
Apesar de tudo não me posso queixar, a mais velha está arrumada. Esta expressão é um bocado feia, os filhos não se arrumam seguem a sua vida, fazem nova família com o marido e com os filhos que hão-de vir. Já tenho uma neta e segundo a minha filha diz fica por aqui. Pelos vistos daqui já não levo nada. Agora só falta a mais nova, mas ainda falta, ela quer acabar o curso que quer tirar e então depois pensa nisso.
E voltando ao meio passeio.
Fui então com o marido e a neta laurear. Estava com um certo receio, pois foi a primeira vez que a neta foi passear connosco sem os pais. Mas correu tudo bem, como lá há cães e gatos, foi uma maravilha, não houve lembrança de ninguém. Além disso, a minha sobrinha estava lá e como ela gosta muito da prima passou quase o dia inteiro atrás dela a jogar snooker, atrás do cão e dos gatos, enfim, o que lhe apeteceu. Mas ao fim do dia já estava cansada de tal maneira que quando chegámos à auto estrada que é quase logo à saída da casa da minha irmã, já ia a dormir. Escusado será dizer que o percurso de 40 a 50 minutos foi a dormir, quase nem deu por chegar a casa, porque o pai veio buscá-la ao carro e levou-a ao colo para cima. Mas foi muito bom esta minha primeira experiência sozinha com a neta espero repetir mais vezes.

sábado, junho 10, 2006

SÃO BRÁS

sábado, junho 10, 2006


Não é só a nossa querida DIA, mais conhecida como T(ralha), que mora em santidade, ela com a sua Santa Marta e eu com o meu São Brás. Como não conhecia nada deste santo tive curiosidade em saber a vida do santo e de que era ele padroeiro. E aqui vai a sua história:

SÃO BRÁS, Bispo de Sebaste e Mártir
Comemora-se no dia 3 de fevereiro
São Brás nasceu em Sebaste, na Arménia no século III, no seio de uma família pomposa, de pais nobres, recebeu educação cristã e se consagrou Bispo quando era ainda muito jovem.
Como profissional da medicina usava os seus conhecimentos médicos para resgatar a saúde, não só do corpo, mas também a da alma, pois se ocupava de evangelizar os pacientes.
Ao começar a perseguição aos cristãos, por inspiração divina, retirou-se para uma cova nas montanhas, frequentada por feras selvagens, às quais o santo atendia e curava quando estavam doentes. Porém ao ser descoberto pelos soldados disse: "Sede benditos, vós me trazeis uma boa-nova: que Jesus Cristo quer que o meu corpo seja imolado como hóstia de louvor". Estes ao inteirarem-se que ele era cristão, conduziram-no diante do governador Agrícola, que o mandou açoitar e ser preso no calabouço, privado de alimentos. Logo foi torturado para que negasse a sua fé, mas o santo manteve-se firme, o que implicou posteriormente a ordem para que fosse decapitado. Já processado e condenado, São Brás enfrentou, sem trair a fé em Jesus, muitas torturas, até mesmo a de arrancarem com dentes de ferro pedaços de sua carne, até ser degolado em 316.
São Brás foi um Pastor muito querido pelos fiéis de sua grei. Durante o seu cativeiro, na escuridão do calabouço, obteve de presente de algum de seus amigos um par de velas,
as quais recebia luz e calor. Por isso, na representação iconográfica, o santo aparece portando duas candeias.
São Brás é conhecido como protetor da garganta, justamente porque, ao dirigir-se para o martírio, lhe foi apresentada uma mãe desesperada com seu filho, que estava sufocado por uma espinha de peixe entalada na garganta; diante desta situação o Santo em Deus curou milagrosamente a criança.

quinta-feira, junho 08, 2006

SONHO???

quinta-feira, junho 08, 2006


Ele estava ali à minha frente. Bonito, cheiroso uns olhos cor de mel bem pestanudos, uma boca rosada muito bem feita, com uns lábios que só apetecia beijar e beijar e beijar. As mãos, que mãos, só o seu toque arrepia. Ele pega-me na mão e eu fico com as pernas a tremer, pareço gelatina, mas o seu toque é eléctrico. É assim que me sinto perto dele. Beija-me e nem sei onde estou, o mundo pára à nossa volta, não há tempo, não há relógios, não há pessoas à volta, não há nada, só eu e ele. E ficamos assim até não podermos mais. Nessa altura, o turbilhão de sentimentos que passam por nós quase nem nos deixa respirar. Amor, paixão, desejo? Acho que é uma mistura, como o arco-iris.
No passeio que estamos a dar, junto ao mar, não é preciso falar só o estarmos junto é suficiente para nos entendermos, as palavras estão a mais, podem quebrar a magia. E que magia. O tempo está ameno, uma pequena brisa passa por nós cantando o nosso Amor. Queria ficar ali para sempre, gosto deste egoísmo quando nos sentimos bem onde estamos, mas sei que não é possível eternizar um momento destes para sempre, mas aproveito ao máximo o que estou a viver. E quando ele volta a olhar para mim com os seus olhos meigos, sinto uma mão a chamar-me:
-Mãe já é tarde, acorda!
Acordei? Meu Deus estava a sonhar. Mas que momento, parecia tão real que quando cheguei à realidade nem sabia bem onde estava.

quarta-feira, junho 07, 2006

COMPUTADOR ARRANJADO

quarta-feira, junho 07, 2006


Fixe! Já tenho o computador arranjado, que bom. Este safado não sabia a falta que me estava a fazer. Já posso pôr os meus posts quando quiser, não tenho de os pôr no emprego na hora de almoço e quando posso. Os dedinhos já mexem, que alívio. Agora começam outra vez as noitadas a ler os meus blogues favoritos e a jogar quando me apetecer, enfim deitar-me às duas e três da manhã só para ter o prazer de ler.
Engraçado, o marido dorme, a filha dorme e eu aqui agarradinha a ele (computador, nada de ideias marotas), ainda bem que hoje não está muito calor senão já estavamos os dois a queixarmo-nos. Mas ele não refila canta ao sabor dos meus toques suaves. Geme baixinho para não acordar quem dorme. De vez em quando sai asneira, logo reparada de seguida, mas é assim mesmo a trabalhar só com a luz do monitor, não é fácil, mas tudo se faz quando se faz por gosto. E eu gosto de estar aqui. Às vezes a dizer coisas sérias, outras nem por isso, mas o que sai sai porque tem de sair.

segunda-feira, junho 05, 2006

IDA À PRAIA

segunda-feira, junho 05, 2006


Ontem foi o meu primeiro dia de praia. Que bom!!! Soube mesmo bem. Só que como sempre não se pode ir para a Fonte da Telha. A entrada e a saída é só uma, para entrar ainda vai que não vai, para sair é que é um problema. Quando é que o raio do POLIS fica pronto? Dizem eles (neste caso a Câmara) que o projecto está feito e pronto a ir para a frente, mas tanto quanto eu sei, está feito e pronto há anos, agora ir para a frente é que é o delas. Há tanta extensão de praia que quase dava para ter outro tanto pessoal e não se aproveita nada. Tenho a certeza de que comércio não faltava.
Dizem os entendidos que a economia está mal. Pois está, mas afinal o que é que se faz para amenizar a coisa??? Neste caso, por exemplo, se fizessem uma estrada a acompanhar o areal e com mais saídas e entradas para esta praia não faltaria quem fosse até lá. E o turismo meus senhores, há que pensar nisso? Em vez de puxarmos o turismo o mais possível para cá, e ainda mais que temos um país que não haverá nenhum turista que não goste dele, não senhor não fazemos nada. Andamos sempre na cauda dos outros. Há que acordar meus senhores! Há dinheiro para tudo e para nada e não há para o que é preciso??? Vamos lá pôr a economia a andar.

P.S. Hoje deu-me para a política, mas de vez em quando é preciso, não acham?