domingo, junho 19, 2011

SALTOS ALTOS

domingo, junho 19, 2011


Cheguei à conclusão que não sou capaz de andar com saltos muito altos e até mesmo aqueles que são mais baixos já me vejo aflita devido ao meu peso, derivado da tiróide e da cortisona, não há meio de voltar ao meu antigo peso. Resultado: estou um potinho, só falta rebolar pela rua abaixo. Mas hei-de fazer um esforcinho para pelo menos ficar um pouco mais elegante. Não sei é quando. Mas de qualquer maneira com ou sem peso o certo é que os saltos demasiados altos nunca foram saudáveis, por isso aqui vão umas palavrinhas de quem percebe disto:

Qual o preço da elegância para a saúde?

Sapatos de salto alto são símbolo da elegância feminina e muitas mulheres não os dispensam para “crescerem” uns centímetros. Contudo, o glamour alcançado com estes acessórios de moda tem um preço acrescido que, na maioria dos casos, se traduz em dores de costas.
Para a coluna vertebral a espessura dos saltos é mais importante do que a sua altura, na medida em que, quando são muito finos, “alteram a estabilidade do apoio do pé no chão e da passada e obrigam os músculos a compensar esse mau apoio, exercendo tensões bruscas sobre a coluna e os seus discos e ligamentos”, explicou ao “Ciência Hoje” Paulo Pereira, coordenador nacional da Campanha Olhe pelas Suas Costas.
De acordo com o especialista, o calçado ideal tem um salto de dois centímetros que permite que as cargas se exerçam de uma forma equilibrada sobre as partes da frente e de trás do pé. Quando a altura aumenta para os quatro centímetros, 75 por cento do peso da mulher são suportados pela parte da frente do pé, obrigando os músculos dos membros inferiores a compensarem esse desequilíbrio e alterando a posição das articulações do joelho e da anca.
“É importante usar calçado confortável com bom apoio do pé, dimensões adequadas em comprimento, largura e altura, saltos de base larga e, de preferência, de altura não superior a quatro centímetros”, aconselhou o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral.
Desta forma, os sapatos totalmente rasos também não são uma boa opção, pois provocam um ligeiro predomínio das cargas sobre a parte posterior do pé, o que pode causar algum desconforto.
Paulo Pereira frisou que a altura dos saltos, por si só, não provoca dores de costas, mas contribui para a sua perpetuação e agravamento em pessoas com problemas na coluna lombar. As mulheres que apresentem este problema "devem realmente evitar saltos altos e finos". Contudo, quando não há queixas relacionadas com a coluna nem desconforto associado ao uso de saltos, "não há motivo para contra-indicar o seu uso no que diz respeito à patologia da coluna”.

De onde vêm os problemas de coluna?
Um estudo recente indica que sete em cada dez pessoas sofrem de dores nas costas, o que corresponde a 72,4 por cento da população portuguesa. "A incidência de problemas relacionados com a coluna vertebral tem tendência a aumentar", destacou o especialista português, apontando a vida sedentária, a falta de exercício físico, as posturas incorrectas durante a actividade profissional e actividades da vida diária e o excesso de peso como as causas principais.
A obesidade, um problema crescente nas sociedades desenvolvidas, é "um dos maiores inimigos da coluna", dado que a substituição dos músculos por gordura enfraquece-os e, consequentemente, faz aumentar as cargas sobre os discos e ligamentos. A boa forma destes tecidos, principais estruturas de suporte da coluna vertebral, ajuda a estabilizá-la e a minorar as cargas e tensões exercidas sobre si.
Como tal, reforçou Paulo Pereira, a manutenção de uma boa postura e de músculos em forma "é a melhor profilaxia para os problemas degenerativos da coluna vertebral" e deve começar antes do aparecimento dos sinais de desgaste.

Campanha “Olhe pelas Suas Costas”
A campanha “Olhe pelas Suas Costas” foi lançada em 2009 e é uma iniciativa inédita em Portugal que visa sensibilizar a população em geral para as dores nas costas, alertar para as suas consequências na vida pessoal e profissional dos portugueses e educar sobre as formas de prevenção e tratamento existentes.
Trata-se de uma iniciativa promovida pelas sociedades portuguesas de Patologia da Coluna Vertebral, de Ortopedia e Traumatologia, de Neurocirurgia, de Medicina Física e de Reabilitação e a Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral, com o apoio da Medtronic.

Por Carla Sofia Flores
in Ciência Hoje

3 comentários:

Um brasileiro disse...

oi. tudo blz? estive por aqui. legal. gostei. apareça por la. abraços.

Rubi disse...

Tambem nao consigo usar saltos muito altos!Beijinhos

Anónimo disse...

Hoje em dia, as mulheres ocupamos muitos postos que antigamente eram dos homens. A gente se merece isso, mas tudo de a pouco.
Quando estudei patologia bucal eramos só 5 mulheres entre 40 homens.