quarta-feira, novembro 14, 2007

FUGA DE CÉREBROS

quarta-feira, novembro 14, 2007

Ontem no telejornal falaram na dificuldade, de os jovens acabados de sair da faculdade, arranjarem emprego na área onde se tinham formado. Muitos deles trabalhavam em sectores secundários devido à precaridade de oferta por parte das entidades patronais. MAS NÃO SÓ. Conto-vos aqui um caso de uma querida amiga da filhota mais velha para mais uma acha para a fogueira do nosso mal governado País.
Como ia dizendo esta amiguinha formou-se em engenharia ambiental na Suécia e fez estágio nos Estados Unidos da América. Mas como tem a avó e o pai que vivem em Portugal ela achou por bem voltar ao seu País de origem, pensando ela que conseguiria arranjar qualquer coisa cá uma vez que tinha o curso completo e estágio feito no estrangeiro. Arranjou, se não estou em erro, uma bolsa para estagiar no LNEC, instituição estatal claro está, durante seis meses. Quase no fim da bolsa disseram-lhe que iam tentar arranjar-lhe mais uma bolsa para ela poder continuar lá. Não satisfeita, pois estava já farta de estar só com bolsas, perguntou se não podia ficar a contrato. Não, não podia porque as entradas estavam fechadas, mas como ela era muito boa no que fazia queriam que ela continuasse mas para isso iam-lhe arranjar mais uma bolsa para mais seis meses. Aí a menina teve de pôr os pés à parede, arranjou ela uma bolsa para a Dinamarca, na área dela, e rumou outra vez para fora do nosso País. É que nesta nova oportunidade ela sabe que depois da bolsa ela fica logo contratada. Não esquecer que quem está a trabalhar com bolsa não ganha nada, e os jovens também precisam de constituir família, pois quem acaba o curso como ela e faz estágio lá fora quando tudo acaba, em geral, está com 24 a 25 anos e às vezes mais. E pelo que sei, este é um dos muitos casos que grassam neste País. E depois ficamos muito contentinhos quando vimos em telejornais que um português está a fazer sucesso neste ou naquele país, neste ou naquele sector, quando ele poderia estar a ser aproveitado cá dentro e não foi aproveitado.
E daqui não posso deixar de comentar (que me faz cá umas cócegas na barriga e vocês nem sabem como e não sou comunista) quando o governo diz que tem de reduzir despesas e não há cão nem gato no Estado que não tenha carro com motorista para levar a família desse funcionário estatal a levar os meninos à escola e a ESPOSA ao cabeleireiro e às compras. E nem é preciso ser ministro, basta ser um simples chefe qualquer, até um director-geral. Porque não levarem o seu carro como as outras pessoas, devem ganhar para isso? E esse gasto já deve dar para ter estes jovens a fazerem aqui o sucesso que fazem lá fora.
Temos de ser mais patriotas. Isto é uma vergonha!!!!

3 comentários:

Maríita disse...

Existem muitas situações dessas e a mim, o que me revolta é que contratamos investigadores estrangeiros porque somos subsidiados para isso pela União Europeia e os nossos têm que ir para outros países porque são subsidiados lá ou simplesmente porque lá existe mais dinheiro disponível para a investigação...

Beijinhos

Susana disse...

É verdade Ana o nosso País cada vez esta pior!!!
Mas na minha opinião ainda vai ficar pior do que aquilo que esta...

Capitão-Mor disse...

Adorei o teu texto! Grandes verdades!!!