BOM 2010 PARA TODOS

Olá a todos que têm a paciência de ler estas minhas poucas linhas, pois acabei de ver que o ano passado pouco escrevi e o que escrevi foi muito pouco porque acabei por meter aqui textos de auto-estima ou anedotas, que eu gosto muito, ou ainda o que me vai na alma.
Primeiro, queria desejar a todos um Bom Ano com muita saúde, pois sem ela não se faz nada. Muita sorte, muito riso, muita paz e muita brincadeira. Sim, não são só as crianças que brincam, não é?
Segundo, espero que este ano não seja tão preguiçosa como fui o ano passado.
Terceiro, o meu objectivo este ano será vos dar a conhecer a minha cruzada com uma doença que não mata (se for tratada), mas é chata "pra caramba". Estou-me a referir ao hipotiróidismo e hipertiróidismo.
Hipotiroidismo, que é o que tenho, é a tiróide que é preguiçosa e funciona mais lentamente e faz com que fiquemos mais gordinhas.
Hipertiroidismo, é o contrário a tiróide funciona mais depressa e faz com que se fique mais magra.
Num caso e no outro desde que sejam detectadas, em principio, julgo que já é tratável e pode-se conviver bem com a doença e fazer-se uma vida normal. O problema é chegar lá. A maior parte das vezes é difícil de diagnosticar, não porque seja complicado saber o seu diagnóstico, mas sim porque os sintomas podem-se confundir com outras doenças. No entanto, peço aqui a todos que me leiam que quando os vossos médicos lhe mandarem fazer uma hemograma (análise de sangue corriqueiro que a maioria dos médicos mandam fazer) peçam logo para, na mesma análise, fazer à tiróide, ou seja, à TSH, FT3 e FT4. Não custa nada, uma vez que já vão tirar sangue aproveita.
E agora começa a minha história:
Em 2003, sentia-me tão em baixo que cheguei à médica de família a chorar. Coisa inédita porque para eu chorar, que é difícil, era porque a coisa não estava mesmo bem. Resultado, dois meses de baixa e remédios para a depressão. Logo na primeira semana valeu-me a minha irmã que não me deixou ficar em casa e todos os dias vinha-me buscar para sair. Meu Deus, como me lembro como era difícil sair da cama, chegar à rua e nada me interessar desejando ir logo para casa. Quando chegava a primeira coisa que fazia era ir para a cama. Eu que adoro ler e nem sequer conseguia me concentrar na leitura, aliás achava uma chatice. Deixassem-me estar que eu também não chateava ninguém. Depois comecei a melhorar, a sair da cama e ir para o sofá até a ir ao café e daí a trabalhar. Foram dois meses complicados sem vontade para nada. Quem já passou por isto compreende-me bem.
Em 2005, ouvi falar na tiróide e fui à net ver como era e descobri que alguns dos sintomas eram os mesmo que eu tinha e numa consulta de rotina pedi à médica para me fazer a análise à tiróide, por acaso naquele dia ela estava bem disposta e fez o que eu lhe pedi. Quando veio o resultado quem ia caindo fui eu. É que o normal era mais ou menos 4,5 vá até 5 era razoável e eu tinha 22,5 e mais, o laboratório tinha por baixo do resultado entre parentesis "confirmado". Diferença grande, não é? Pois, só que quando a médica viu o resultado ficou branca nem queria acreditar no que via só teve coragem de me dizer "agora já percebi o que está a acontecer". A partir daqui comecei a tomar o remédio necessário e a fazer ecografias à tiróide. Mas isso é outra história que eu depois conto, porque o texto de hoje está a ficar grandinho.
Até amanhã.